OAB-CE visita cadeia pública de AracatiOs presos em flagrantes que ocupavam irregularmente delegacias de Fortaleza foram transferidos na última quinta-feira (20) para o Centro de Triagem, inaugurado pela Secretaria da Justiça do Ceará (Sejus), em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a Secretaria da Justiça, as delegacias de Fortaleza estão atualmente “todas esvaziadas”. O Centro de Triagem e Observação Criminológico tem capacidade para receber até 400 presos, que devem ficar no local por no máximo 30 dias, e de lá devem ser transferido para presídios.

Os primeiros presos chegaram ao local na tarde desta quinta. Na entrada, todos passam por um scanner, que verificam se eles não possuam objetos ilegais. Depois eles passam por uma revista manual e vistoria de objetos pessoais. Na unidade, o preso é vistoriado por uma equipe que traça o perfil e decide em que prisão do estado ele deverá cumprir a pena. “A gente tem o desafio e a determinação de que em até 48 horas após a solicitação da vaga seja recebido aqui no Centro de Triagem e com isso a gente não tendo presos nas delegacias de polícias”, explica a secretária da Justiça do Ceará, Mariana Lôbo.

A OAB-CE denunciou há vários anos os problemas de superlotação nas delegacias do Ceará. O órgão chegou a classificar a situação das delegacias e sistema prisional do Ceará como “um dos piores” do Brasil. Recentemente, a OAB-CE, por intermédio da Comissão de Direito Penitenciário apresentaram um relatório sobre os três anos de atuação e de visitas às delegacias e cadeias públicas no Estado. Conforme informou o presidente da Comissão, Márcio Vitor Albuquerque, a OAB-CE enviará uma carta à secretária de Justiça, Mariana Lôbo, parabenizando pela inauguração do Centro de Triagem, como iniciativa importante para uma melhor condição estrutural e de trabalho aos profissionais da segurança no Estado.

A carta é assinada pelo presidente da OAB-CE, Valdetário Andrade Monteiro, pelo presidente da Comissão de Direito Penitenciário, Márcio Vitor de Albuquerque, e pela ouvidora da instituição, Wanha Rocha.

Com informações do G1.