Um dia para celebrar, sim! Acima de tudo, porém, um dia de reafirmação de lutas pelos direitos e pelas prerrogativas dessas mulheres. O momento é de conquistas, de reafirmação de direitos e de busca por novos ideais. Hoje as mulheres são metade da advocacia cearense e brasileira, e, em breve, serão a maioria, pois já são nas faculdades e universidades de direito.

Na contramão desses números, infelizmente, a participação feminina nos cargos diretivos e de poder do sistema OAB ainda é mínima e precária, o que não é novidade quando se vive numa sociedade ainda extremamente machista, patriarcal e misógina. No entanto, nos últimos anos ocorreram avanços, a exemplo do sistema de cotas, que não é ideal, mas se faz extremamente necessário, no qual 30% das chapas tem que ser de gênero, ou seja, numa chapa eminentemente masculina, como é usual, 30% deve ser de mulheres.

Além disso, houve as aprovações dos planos estaduais e nacional de Valorização da Mulher Advogada, que são divisores de águas na realidade dessas profissionais. Trata-se de uma conquista histórica das mulheres advogadas na busca pela igualdade de gênero na profissão e na própria OAB. O plano fortalece a atuação das advogadas no desenvolvimento do seu exercício e reafirma a defesa incessante das prerrogativas dessas profissionais, tratando-se de um marco não apenas da advocacia, mas da democracia em geral.

A Constituição Federal afirma que somos iguais perante a lei, sem qualquer distinção. Está mais do que na hora de vermos e sentirmos isso na prática!
Advogadas, feliz dia!

Manuela Praxedes,presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-CE.