O presidente Marcelo Mota, juntamente com a Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE, recebeu, na tarde desta segunda-feira (22/01), representantes da sociedade civil e militantes dos direitos humanos a fim de traçar uma estratégia em resposta à agressão sofrida por um jovem estudante na região da Gentilândia, em Fortaleza, na última quinta-feira (18), por parte do grupo “Carecas do Brasil”. Segundo a vítima, a ação teve cunho racista e homofóbico. A OAB-CE se comprometeu a acompanhar o caso.

“É importante que casos tristes como esse sejam investigados a fundo e os culpados responsabilizados, pois trata-se de um episódio que fere os direitos humanos e de liberdade. A OAB-CE já está se articulando para colaborar no que for necessário, bem como realizar ações de conscientização”, disse Marcelo Mota.

A Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap) já elaborou um ofício que deve ser entregue ao Ministério Público. “Vamos exigir das autoridades as devidas providências, apurando os fatos que estão sendo apresentados e que apontam essa organização criminosa como praticante de atitudes de agressão a uma camada da sociedade”, disse Deodato Ramalho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE.

Para Luanna Marley, integrante da Renap, a união das instituições contra a escalada do discurso de ódio é fundamental para a defesa dos direitos humanos. “Essa prática de violência provocada por esse grupo denominado Carecas do Brasil, representa um avanço no fenômeno do fascismo”, aponta. Para a militante, a ação extrapolou todos os limites democráticos que a democracia permite.

Luana informa que foi feito um levantamento de informações por meio de vídeos e áudios na tentativa de colaborar com as investigações.