A Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE participou, na tarde de ontem (06/02), do ato público em memória da Chacina de Cajazeiras, realizado pelo Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará. Na ocasião, houve panfletagem e mobilização.

O presidente da Comissão, Deodato Ramalho, explicou que a OAB está cobrando uma providência das autoridades desde o momento que ocorreu o fato. “É necessário que os responsáveis sejam investigados e punidos de forma célere, mas, acima de tudo, que esse tipo de situação não ocorra mais. O Estado demonstra fraqueza no que diz respeito à segurança publica e vem perdendo a batalha para as facções. Em relação ao enfrentamento da violência, a OAB entende que a política publica de encarceramento em massa não resolve a situação”, disse.

O pesquisador da UECE, Ricardo Moura, comenta que o Fórum Popular já fez feitos diversos diagnósticos e proposições na área da segurança“Temos uma série de propostas e queremos que estas sejam colocadas em prática, Há uma demanda forte, por exemplo, por investigação criminal e inteligência policial e isso precisa ser levado em consideração pelo governo. Estamos pensando em segurança a partir de sociedade, não só a partir dos órgãos de segurança. Portanto, achamos que o devem ser realizadas propostas que levem em consideração a educação integral, as ações de prevenção em relação ao uso de drogas, e a geração de oportunidades em áreas vulneráveis”, comenta.

Edina Carla, cuidadora de idosas e mãe de um dos garotos assassinados na Chacina do Curió, comenta que está em solidariedade com todas as mães da Chacina de Cajazeiras. “Infelizmente, o nosso Estado está tomado pela violência. Nós, mães do curió, fizemos uma rede de solidariedade que nos ajudou e que nos deu força para que possamos continuar em frente”, disse.