A atual situação da saúde pública no Estado do Ceará é uma das pautas recorrentes em meio às discussões que a Ordem cearense vem trazendo. Com foco no diálogo junto aos órgãos responsáveis pela pasta na esfera Estadual e Municipal, ocorreu, nesta sexta-feira (29/06), audiência pública na OAB sobre o atendimento pediátrico no Estado.

“Unidades básicas de saúde, em sua grande maioria, têm deficiência no número de pediatras nos postos, além de desabastecimento de medicação. Os hospitais secundários estão gradativamente fechando seus leitos ou diminuindo o serviço, tudo isso ocasionado pela superlotação dos hospitais terciários, a exemplo do Alberto Sabin, que tem como o perfil atender crianças com patologias de alta complexidade”, alerta o presidente da Comissão de Saúde da OAB-CE, Ricardo Madeiro.

Ricardo Sidou, membro do Conselho Regional de Medicina, defende que entre os principais desafios para melhorar o atendimento às crianças, está a criação de novos leitos. “Desta forma, vamos sanar uma deficiência evitando que crianças sejam atendidas por profissionais que não sejam pediatras, o que acontece atualmente”, frisou.

Representando o Centro de Apoio à Cidadania, a procuradora do Município, Isabel Porto, esteve presente na ocasião e comentou sobre o papel do órgão na busca pela efetivação do direito ao atendimento de saúde digno. “Com o que foi discutido aqui, vamos trabalhar as tratativas e os ajustes de conduta para que a administração possa corrigir as deficiências no sentido de dar resolutividade”, concluiu.