O Supremo Tribunal Federal e mais 13 tribunais do País já estão utilizando robôs e inteligência artificial, como ferramenta de agilidade nos julgamentos das ações. Poti, Jerimum, Clara, Radar, Sinapse e Victor são alguns dos robôs em atividade no judiciário brasileiro. Outros sete estados (São Paulo, Ceará, Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Amazonas) já estão em fase de desenvolvimento de inteligência artificial para a leitura das petições.

O uso dessa tecnologia está sendo aplicada para trabalhos repetitivos, sugerir tipo de sentença, direcionar jurisprudências ao caso concreto, triagem e classificações das ações de acordo com a sua natureza, analisa a Certidão da Dívida Ativa, analisa a ocorrência de prescrição e a competência da ação judicial, dentre outras tarefas antes executada por um servidor.

No caso concreto, os robôs já fazem a penhora on-line junto ao Bacenjud (sistema eletrônico do Banco Central) sem interferência de um servidor. Segundo a Juíza Keity Saboya da 6ª Vara de Execução Fiscal e Tributária de Natal, no Rio Grande do Norte, um servidor realizava 300 ordens de bloqueio por mês. Com o uso do robô Poti, esse mesmo trabalho é realizado em tão apenas 35 segundos. Outro exemplo é o robô Elis do Tribunal de Justiça de Pernambuco, antes da sua implantação o despacho inicial de 80 mil processos consumia em média 18 meses. Agora, o mesmo trabalho é realizado em tão apenas 15 dias.

Em fevereiro deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou um laboratório inovação e um centro de inteligência artificial para atender as necessidades do judiciário

Fonte: Valor