O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante afirmou hoje (21), durante entrevista, que o vazamento de petróleo no Campo Frade, na bacia de Campos (RJ) operado pela empresa norte-americana Chevron, "acende a luz amarela e faz com que o governo brasileiro passe a ter uma postura mais efetiva, muito mais rigorosa, no tocante ao controle de poços de petróleo no país". Segundo Ophir, é preciso que o país passe a ter uma política preventiva em relação a acidentes ambientais mas "lamentavelmente, o Brasil não está preparado para isso e é necessário que não corramos atrás do prejuízo e sim nos antecipemos a ele."

Em relação ao caso Chevron, destacou Ophir – que participa em Curitiba da XXI Conferência Nacional dos Advogados –  é importante que a justiça brasileira funcione  a partir de uma provocação do Ministério Público com a finalidade efetiva de punir e apurar a culpa e os excessos por esse vazamento. "E se houver efetivamente culpa que se imponha uma penalidade muito alta sobre a multinacional porque isso não pode se repetir em nosso país porque esses poços de petróleo dão lucros estratosféricos a essas multinacionais".
O presidente da OAB afirmou que as empresas tem que pagar na proporção  do seu lucro para que "fatos como este de Campos não se repitam em território nacional".