A Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Ceará (OAB-CE) vai continuar a acompanhar as investigações sobre a morte da advogada Danielle Ximenes, mesmo a Polícia Civil já tendo informado ter esclarecido o caso. Ontem, o presidente da entidade, Valdetário Monteiro, esclareceu que a apuração do caso na esfera Judicial terá o mesmo rigor como ocorreu na Polícia.
“A OAB nomeou uma comissão composta por três conselheiros e mais dois advogados para que estes estivessem presentes em todos os atos da investigação, contribuindo para que o crime fosse completamente elucidado. Oficiamos ao secretário da Segurança Pública e ao Delegado geral da Polícia Civil. Quatro delegados foram designados para investigar o assassinato de nossa colega. Agora, haverá a continuidade desse mesmo trabalho no processo, para que seja efetivada justiça no caso”, garantiu Monteiro.
Comissão
Em entrevista ao Diário do Nordeste, na tarde de ontem, Valdetário Monteiro explicou que, logo que tomou conhecimento do assassinato de Danielle Ximenes, no dia 22 de junho último, nesta Capital, a OAB Ceará logo entrou no caso para o acompanhamento institucional nas investigações policiais.
“Foram nomeados os conselheiros Armando Costa Júnior, Kennedy Ferreira e Robério Carvalho, além de mais dois advogados, José Maria Rios e Cícero Quezado, para dar todo o apoio necessário às autoridades no curso da apuração e acompanhamos, assim, todos os passos da investigação junto com o delegado Franco Pinheiro, da Divisão de Homicídios”, detalha.
Na semana passada, a Polícia Civil apresentou, durante entrevista coletiva à Imprensa local, o resultado do inquérito. As investigações apontaram que uma escrivã da própria corporação, identificada como Regina Lúcia de Amorim Gomes, 54, foi a mandante do crime. Ela teria contratado o pistoleiro amazonense Carlos Cley Rebouças Rocha, 33, para executar a vítima.
A escrivã teria ordenado o crime depois de ter perdido uma ação judicial na qual a advogada atuava como representante jurídica da outra parte.
Fonte: Diário do Nordeste