Ilustríssimo Senhor Acadêmico Dr. José Damasceno Sampaio, Presidente da Academia Cearense de Letras Jurídicas – ACLJUR, através do qual quero saudar toda a Diretoria desta Arcádia e os seus acadêmicos;

Ilustríssimo Sr. Acadêmico Valdetário Andrade Monteiro, Presidente da nossa OAB-Ce, dileto amigo e para mim exemplo pessoal  de vida e liderança inconteste da advocacia alencarina pela sua dedicação diuturna à nossa classe, através de vossa pessoa quero saudar todos os amigos da Diretoria da OAB e os conselheiros e conselheiras aqui presentes;

Ilustríssimo Sr. Acadêmico Dr. Marcos de Holanda representando o acadêmico Prof. Alberto Rola, exemplo para as novas gerações de como exercer a advocacia com dignidade e dedicação. Para mim é uma honra estar ao lado do Prof. Alberto Rola nesta diplomação;

Quero saudar a assistência através do amigo Marcus Lage aqui presente;

Meus queridos confrades,

Meus familiares,

Senhores e senhoras,

Hoje é um momento muito especial na minha trajetória de vida e gostaria primeiramente de fazer alguns agradecimentos, pois como dizia Willian Shakespeare:  “A gratidão é o único tesouro dos humildes”

Primeiramente quero agradecer à Deus o Grande Arquiteto do Universo;

Depois, aos meus pais que já não estão mais aqui neste plano terrestre, Epitácio Cruz e Maria Isauir Saraiva Cruz, que sempre estão seguindo os meus passos, exemplos de pessoas honradas e que nos deixou a maior das riquezas: a educação e a honradez;

À minha mulher Fátima Gonçalves, companheira de todas as horas como um anjo que Deus colocou em minha vida, me deu dois outros tesouros: o Lucas e o Caio que não puderam vir por estarem estudando, o primeiro para o vestibular de medicina e outro para uma prova no colégio;

Agradecer de modo especial ao amigo Valdetário Monteiro, nosso timoneiro-mor, pessoa simples, trabalhador incansável de uma causa coletiva e que tem me proporcionado grandes missões que espero saber honrá-las;

Ao nosso Presidente desta Augusta Arcádia dileto amigo Damasceno Sampaio que é o responsável por este momento, quero agradecer em meu nome e o do Prof. Alberto Rola a oportunidade para que possamos contribuir de alguma forma com esta academia e a sociedade literária;

Hoje é um momento de grande júbilo para mim, pois com muita honra sou diplomado na Cadeira que tem como Patrono o Dr. Francisco Castelo de Castro, o Castelinho, como era chamado, o qual tive a honra de conhecê-lo quando das nossas lides políticas.

Passarei agora a descrever uma pequena biografia do nosso patrono:

Francisco Castelo de Castro nasceu em Mombaça em 22 de setembro de 1922 e faleceu em Fortaleza 10 de agosto de 1990. Foi advogado e político brasileiro. Era filho de João Batista de Castro e de Maria Petronília Castelo de Castro.

Após fazer o curso clássico no Liceu do Ceará, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará bacharelando-se em 1960.
Fez curso de pós-graduação na França.  Membro honorário da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro. Orador fluente e com grande poder de persuasão, destacou-se pela lhaneza no trato com seus companheiros deputados, principalmente no acesso aos debates.

Foi duas vezes Prefeito de sua cidade natal Mombaça, a primeira com apenas 21 anos de idade. Como prefeito de Mombaça disputou, com vitória, as eleições diretas para sua prefeitura, em 1958, pelo PSD (Partido Social Democrático). Foi eleito deputado estadual nas legislaturas de 1963, 1967, 1971, 1975, 1979 e 1983. No período de 1985-1986 foi Presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, sendo ainda secretário adjunto de Trabalho e Ação Social no primeiro governo de Virgílio Távora e vice-governador do Ceará no período de 1987 a 1991 em que Tasso Jereissati foi o governador.

Sendo figura de destaque do legislativo cearense, por suas reais qualidades de homem público e de cidadão digno, por várias legislaturas representou o espírito de oposição consciente, como líder do então partido MDB (Movimento Democrático Brasileiro), posteriormente PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Cidadão sóbrio e de proposições elegantes, soube como poucos, no ciclo após a Revolução de 1964, não transigir de seus princípios e conduzir-se com rara sabedoria na tribuna. Manteve ao curso de sua função de oposição, acalorados debates com o líder do governo à época, Aquiles Peres Mota, não adotando em momento algum posições indelicadas ou agressivas.

Sua presença na tribuna popular era a certeza de um diálogo de alto nível, sempre abordando assuntos do interesse público. Não deixou descendentes nem bens materiais.

Meus senhores e minhas senhoras,

Finalizando as minhas palavras, gostaria de pedir permissão para ler uma poesia de uma escritora do Rio Grande do Sul chamada Neida Rocha que traduz todo o meu sentimento neste momento:

O QUE É SER IMORTAL

Ser Imortal é ter a consciência crítica, em meio às angústias humanas.

Ser Imortal é ter a consciência em paz, resultado das próprias escolhas.

Ser Imortal é viver a plenitude do instante, com flashs do passado e visualização do futuro.

Ser Imortal é perceber a efemeridade da vida, acreditando que cada gesto foi significativo e trouxe a paz de espírito.

Ser Imortal é acreditar em seus próprios sonhos, respeitar os devaneios alheios e perceber a magnitude do viver.

Ser Imortal é viver no umbral da existência, sem assistir somente a vida passar e acima de tudo é ficar registrado no coração e na memória dos que nos são caros.

Esse momento ficará sempre registrado no meu coração e na minha memória.  MUITO OBRIGADO!