Nesta quarta-feira (10), durante a 3ª Sessão Ordinária do Conselho Consultivo Jovem da OAB Ceará, foi aprovado por aclamação, o requerimento para a criação de um grupo de estudo sobre a população de advogados e advogadas e demais profissionais jurídicos atuantes no âmbito da correspondência jurídica no Estado do Ceará.

O requerente e conselheiro Jovem, George Carneiro, defendeu que essa população da advocacia merece espaço para que se discuta as suas pertinências diárias à médio e longo prazo. “Esse sempre foi um setor formado primariamente por advogados e advogadas jovens, pois é uma porta de entrada para que eles vivenciem a realidade do âmbito judicial ou institucional, para representar seus contratantes em setores administrativos ou até mesmo outros patronos em casas judiciais”, disse.

George Carneiro, também argumentou sobre a criação de uma tabela específica de correspondência jurídica na Ordem Alencarina, com o intuito de padronizar os valores de serviços prestados. “Queremos implementar nossa própria tabela. Atualmente, nós utilizamos a tabela da Ordem como parâmetro”, comentou.

Para a conselheira estadual e presidente do Conselho OAB Jovem, Júlia Barreto, é de suma importância a criação deste grupo de estudos, para a consolidação dos honorários, com o intuito de abolir valores defasados. “É de suma importância esta subcomissão para a valorização dos correspondentes jurídicos. Atualmente, os meios virtuais já tomam conta de quase todo o estado, mas ainda assim muitos advogados e advogadas, fazem uso de ser correspondente. Muitos, inclusive, começam a carreira jurídica, como correspondentes jurídicos”, afirmou.

Já o conselheiro Rafael Peixoto, também se mostrou favorável ao requerimento. “Eu sou suspeito de falar, porque também já atuei na correspondência jurídica e reconheço todas as nuances deste trabalho. Parabenizo o conselheiro George por ter essa iniciativa, pois é uma área que a OAB-CE também deve se preocupar, por se tratar de um trabalho de suma relevância”, declarou.

O secretário-geral da OAB-CE, David Peixoto, elogiou a iniciativa e defendeu o despacho humanizado como diferencial nos processos virtuais. “O despacho humanizado hoje, talvez seja o grande serviço que o correspondente jurídico pode oferecer. Essa mudança no novo CPC, traz grandes desafios e eu acho que ainda tem muito mercado para os correspondentes, desde que eles se aprofundem no mérito do despacho, dialogando tecnicamente”, discursou.

Após discussão e deliberação favorável à matéria pelo Conselho Jovem, o proponente deverá apresentar na próxima Sessão do Conselho, a lista de membros para compor o grupo de estudos e apresentar as possíveis pautas para apreciação da viabilidade.