A seção 1 das eleições da OAB-CE, em Fortaleza, parecia pouco movimentada no início da manhã do dia 19 de novembro. Isso porque a primeira seção é reservada aos advogados e advogadas com número de inscrição do 1 a 2999, representando os profissionais com trajetórias mais antigas na advocacia cearense e isentos da obrigatoriedade do voto. Mesmo assim, a primeira seção na capital registrou 68 votos de pessoas com idade acima de 70 anos. De acordo com o Comitê Eleitoral, 24.500 profissionais inscritos na Ordem cearense estavam aptos a votar em todo o estado, neste ano, sendo mais de 3 mil eleitores com mais de 70 anos, que possuem voto facultativo por conta da idade.

Para a advogada Fátima Bittencourt (OAB 2785/CE) “é uma satisfação ter que votar mesmo não tendo a obrigatoriedade. Porque a OAB é uma entidade importantíssima no nosso país, para a nossa democracia. E nós precisamos de uma OAB forte. E para isso, nós que já fizemos a nossa parte como advogados e continuamos fazendo, temos que dar o nosso voto para o crescimento da advocacia. Eu vejo que a OAB Ceará tem feito muita coisa pelos advogados. Não dá para negar isso. E eu estou aqui fazendo a minha obrigação como filiada a esta entidade tão importante”.

O advogado Júlio Leite Filho (OAB 2162/CE), que atua há mais de 30 anos na área Cível e Direito de Família, disse que as eleições da OAB-CE representam um importante momento para a profissão. “Sou um cidadão brasileiro, gosto de ler jornal todo dia, de me atualizar sobre o que se passa ao meu redor. Uma votação da OAB para mim significa a prática da minha advocacia também. Porque como votante, eu também participo da vida da OAB, por isso, eu não posso jamais deixar de votar enquanto vivo estiver”, afirmou.

Marlene Vieira (OAB 2616/CE) é uma advogada ativa na área previdenciária, que sempre participa das eleições da OAB e seu voto é uma forma de exigir melhorias para a classe. Para ela “a OAB está precisando reformular muita coisa, se atualizar, se tornar mais atuante”.

“Tudo que é eleição, com suporte de voto universal, direto, secreto e periódico, é importante para a advocacia. Quanto mais eleições existirem, mais democracia teremos”, afirmou o advogado Helvesley Alves (OAB 2552/CE) sobre votar, mesmo diante da isenção da obrigatoriedade do voto.

No decorrer do dia, a movimentação na seção 1 foi aumentando, transformando-se em uma grande confraternização de antigos colegas de profissão, que fizeram questão de cumprir com seus direitos de voto para a próxima gestão da OAB-CE, no triênio 2025-2027. Nesse registro (foto) estão alguns deles: Moaceny Felix (OAB 11836/CE), Aloísio Cavalcante (OAB 1039/CE), Meton Vasconcelos (OAB 1029/CE), Danilo Mota (OAB 1906/CE), Mônica Barroso (OAB 2900/CE), José Maria Rios (OAB 2574/CE) e Raimundo Amorim (OAB 10946/CE).

Primeira eleitora do dia

Os portões do Iguatemi Hall, local de votação das eleições da OAB-CE, na capital cearense, abriram pontualmente às 8h. E entre os advogados e advogadas que já aguardavam do lado de fora das seções, estava a advogada Jacira Cajão (OAB 3759/CE), a primeira pessoa a registrar o voto em Fortaleza.

A advogada que já atuou com advocacia extrajudicial, direito do consumidor e, hoje, é delegada da OAB no Fórum de Justiça do Eusébio/CE, contou o que a motivou a chegar cedinho ao local de votação: “sempre procurei me destacar em tudo na minha vida, para alcançar pelo menos 50% do que o ser humano tinha direito. E hoje não poderia ser diferente. É com muita alegria e satisfação que digo que a OAB é um local onde me sinto melhor, entre meus colegas, pois foi a Ordem que me fez ser uma pessoa considerada por todos”.