O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, irá à Paraíba amanhã, 28, para inaugurar a Caravana de Defesa das Prerrogativas dos Advogados em audiência pública no Estado. O objetivo principal é debater o fortalecimento das prerrogativas profissionais, conhecer as principais reivindicações da categoria e discutir temas de relevância a exemplo da Reforma Política, a campanha nacional do desarmamento e a celeridade no Judiciário. Também estará na pauta a questão das custas processuais no Estado, consideradas as mais caras do Brasil. A audiência pública será realizada às 16h no auditório da sede da OAB-PB, localizado no centro de João Pessoa.

 
A iniciativa foi motivada pelo constante desrespeito às prerrogativas que a entidade tem identificado em todo o país. Segundo o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, advogados não tem sido recebidos por autoridades e têm sido maltratados, "em relações que caracterizam abuso de autoridade que não tem sido tratadas como se gostaria". Ophir explicou que a estratégia faz parte da função da OAB e que a "exteriorização da autonomia e independência da advocacia se dá através das prerrogativas profissionais, que são direitos não só dos profissionais, mas deles na defesa do cidadão".
 
Ophir foi convidado a ir à Paraíba pelo presidente da Seccional da OAB no Estado, Odon Bezerra, e pelo presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB-PB, Jeferson Fernandes. "A visita de Ophir representa um marco para a advocacia paraibana. Por isso é interessante que os advogados paraibanos e a sociedade participem do evento, para que possamos discutir juntos as questões de nosso interesse", disse Odon Bezerra.
 
Dentro do projeto da Caravana de Defesa das Prerrogativas dos Advogados, a OAB Nacional prosseguirá com as visitas aos Conselhos Seccionais distribuídos por todo o país promovendo as audiências públicas. Junto com as Seccionais, a OAB Nacional pretende dar andamento a casos de desrespeito emblemáticos em que pode atuar mais efetivamente. Além disso, estão previstos para serem implantados centros de defesa de prerrogativas formados por advogados voluntários e contratados pela entidade para participar, inclusive, de ações judiciais na defesa das prerrogativas.