Até às 15h de hoje, os advogados se revezam em vigília na entrada do Fórum Clóvis Beviláqua, em ato cívico pela cleridade na justiça. A cada hora, uma das 24 velas acesas ontem está sendo apagada. Ao final da vigília, acompanhados de um dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Jorge Hélio Chaves e demais representantes da Ordem farão visita à direção do fórum para entrega de relatório sobre a situação precária da justiça no Ceará.
 
Edimir Martins, conselheiro estadual da OAB-CE e coordenador do “Justiça Já”, avalia as doze primeiras horas da vigília como positivas pois, a cada minuto, advogados e advogadas estão aderindo ao ato cívico de luta em defesa da justiça e contra a letargia do judiciário cearense, demonstrando seu apoio por meio de palavras de incentivo e da participação ativa ao acompanharem de perto as ações da entidade no Fórum Clóvis Beviláqua.
 
“Esse é um movimento contra a hipocrisia de que no Ceará existe justiça, uma vez que passamos pelo pior momento em toda a história do judiciário do Estado. Esperamos uma resposta rápida do terceiro poder ou pediremos a intervenção da justiça por intermédio de correição a ser realizada no poder judiciário cearense”, declara Edimir Martins.
 
Desde o início do ato cívico, às 15h de ontem, até agora, centenas de advogados e advogadas passaram pelo local da manifestação e expressaram sua indignação acerca da falência do fórum, além de prestarem solidariedade e apoio à OAB-CE.
 
Depoimentos
 
“A iniciativa é válida, uma vez que a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará luta permanentemente em defesa dos advogados e, mais especificamente, em defesa da cidadania e dos cidadãos cearenses, destinatários dos serviços jurisdicionais”.
Penna de Queiroz (OAB-CE 6944)
 
“Vejo no movimento, mais uma tentativa de receber do Judiciário uma resposta aos anseios da sociedade e da classe dos advogados que militam para garantir o cumprimento da sentença dos processos.”
Ana Peixe (OAB-CE 23106)
 
“A OAB-CE como entidade representativa da classe dos advogados traduz nesse ato cívico os anseios da categoria por uma justiça mais célere e mais séria.”
Fabrício Andrade (OAB-CE 21053)