O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará, Valdetário Andrade Monteiro, oficiou à Polícia Federal do Estado, requerendo pedido de providências ao superintendente e delegado federal, Sandro Caron, para que instaure procedimento de investigação contra os ataques xenofóbicos de usuários de redes sociais que registraram comentários preconceituosos contra nordestinos, em especial cearenses, após a denúncia do suposto vazamento de questões publicadas em um simulado do colégio Christus, em Fortaleza.

 

A OAB realizou, ainda,  um levantamento de postagens “mais agressivas” publicadas nas redes Twitter e Facebook. A lista de perfis será encaminhada ainda hoje, 28, à Procuradoria da República como notícia-crime.

Valdetário informou que os usuários responsáveis por preconceito regional contra nordestinos podem responder criminalmente pelas ofensas. “Não se pode relacionar esse problema gravíssimo, um problema de Estado, que é essa questão do MEC, como forma de discriminar os nordestinos”, disse Valdetário Monteiro.

 

“Nosso objetivo é a adoção das medidas necessárias com relação às mensagens publicadas de computadores induzindo, praticando e incitando o racismo, em desfavor dos inúmeros cidadãos cuja procedência nacional é o nordeste brasileiro, violentando dessa forma o princípio da dignidade da pessoa humana”, completou o dirigente da Ordem cearense.