A Justiça brasileira chegou perto, mas não conseguiu cumprir sua meta estabelecida para o ano passado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o Judiciário julgou 16,8 milhões de processos em 2011, ou 92% do total estabelecido.

No ano passado, a Justiça recebeu 18,2 milhões de novas ações, quase 1 milhão a mais do número de processos protocolados em 2010.

Embora não tenha conseguido bater sua meta, o Judiciário, proporcionalmente, julgou mais processos em 2011 se comparado ao período anterior –um crescimento de 4%. “Isso demonstra que os tribunais vêm fazendo um grande esforço de aumento de produtividade”, afirmou Fabiano de Andrade Lima, diretor do Departamento de Gestão Estratégica do CNJ, órgão responsável por coordenar e controlar a Justiça brasileira.

As metas de trabalho do CNJ foram instituídas pelo próprio órgão, em 2009, com forma de dar mais agilidade ao Judiciário. “As metas consistem num esforço para atacar os pontos que necessitam de mais cuidados em cada tribunal, de forma a serem reforçados e estruturados com o apoio do CNJ”, afirmou o conselheiro do órgão, José Guilherme Vasi Werner, responsável por apresentar os dados.

Os tribunais superiores, como STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TST (Tribunal Superior do Trabalho), quase atingiram a meta, chegando a 98% do estabelecido em 2011.

A Justiça Federal, segundo os números do CNJ, julgou praticamente a mesma quantidade de processos que recebeu. Já nos tribunais de Justiça dos Estados, a média de tarefas cumpridas foi de 88%. O melhor resultado foi do Tribunal de Justiça de Sergipe, que superou a meta, julgando 119% dos casos recebidos. Além de Sergipe, apenas cumpriram integralmente as metas nacionais do Poder Judiciário para 2011, os TJs de Roraima, Paraná e Amazonas.

 

Fonte: Jornal O Povo