Oportuna a iniciativa da OAB-CE pela melhor estrutura do Judiciário, entretanto algo mais precisa ser considerado: a Cooperação Judicial. Fator determinante para uma justiça rápida, eficaz e segura, onde advogados, partes, servidores, juízes, ministério público, todos devem atuar com propósito único. A responsabilidade social do advogado em um panorama constitucional (art. 133 da CF), é relevante.

Advogar é perceber as exigências hodiernas, caso contrário seria uma incoerência com o que se prega. A defesa dos interesses dos constituídos não é maior que a responsabilidade para com a justiça.

Nos legítimos movimentos da classe muito se exige, se denuncia, mas no cotidiano forense o contexto é outro. Atos protelatórios devem ser evitados, seja autor, seja réu. Dar-se por ciente nas secretarias, agilizar citações de seus próprios defendidos, orientar que seus clientes apresentem bens que estão a ser apreendidos ou executados, possibilita que oficiais de justiça cumpram outros mandados urgentes.

Os operadores do Direito sabem como e o que podem fazer para alcançar esse propósito conjunto. Os problemas, já conhecemos. Chegou a hora de falar em soluções! Fica a ideia. Promova a OAB uma semana voltada para essa conscientização, inclusive priorizando os feitos em fase de cumprimento de sentença e, processo a processo, deixar este fluir, ser decidido, cuidarmos do direito material. E, uma vez nada mais restando a fazer, conscientizar o cliente que o processo acabou, está findo! A solução agradece e, não se esqueça, vem de todos os lados.

Cid Peixoto do Amaral Netto
Juiz de Direito