A professora e pesquisadora em educação, Celecina Maria Veras Sales, questionou a universalidade e garantia da educação a todos os cidadãos durante Conferência Estadual da OAB, que acontece até a próxima sexta-feira (9), na auditório anexo da Assembleia Legislativa.
Celecina argumentou que a Declaração Universal dos Direitos do Homem assegura a instrução a todos os cidadãos. No entanto, questiona se a educação está, de fato, garantida. “Os dados mostram que a desigualdade tem cor, tem sexo, e precisamos considerar isso para saber a quem os direitos humanos servem e como promover uma educação em direitos humanos”, ponderou.
O diretor executivo da Fundação Escola Superior de Advocacia do Estado do Ceará (Fesac),Vanilo de Carvalho, salientou que todos os cidadãos são agentes de direitos humanos. “Cada um de nós é protagonista na promoção e garantia dos Direitos Humanos em seu mais amplo aspecto”, frisa.
Para o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (CAACE), professor e advogado Júlio Ponte, o debate sobre direitos humanos evidencia uma discrepância entre a realidade e prática: “como posso falar de direitos humanos para um jovem que está na periferia, sofrendo qualquer prática de violência? É preciso se debater também uma mudança nos currículos escolares”, avalia. Em sua perspectiva, Brasil ainda é um país amador, sem projetos.
O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, os direitos humanos são fundamentais para a construção de uma sociedade e os direitos humanos surgem da necessidade de se construir uma nova sociedade baseada no senso de igualdade e justiça. “A construção da educação é progressiva”, disse.
O advogado Laécio Noronha salientou que os direitos humanos servem para estabelecer um padrão na sociedade. “A Declaração funciona como um novo projeto civilizatório”, conclui. A Conferência Estadual da OAB acontece até amanhã (sexta-feira, 9), no auditório da Assembleia Legislativa e é organizada pelo secretário geral da OAB-CE, Jardson Cruz. As inscrições são gratuitas.