SDiretores da OAB-CE, conselheiros seccionais e representantes do Centro de Apoio do Advogado assistiram ao depoimento dos advogados David de Queiroz Chaves e Maximiano Leite Barbosa Chaves Filho, espancados por quatro torcedores mexicanos, na noite do último domingo (29), na avenida Monsenhor Tabosa, no Meireles. As vítimas foram ouvidas na tarde desta terça feira (1), na Delegacia de Apoio ao Turista, pela delegada Adriana Arruda, um dia depois da tomada do depoimento dos agressores, que se encontram presos, na Delegacia de Capturas, pelo crime de lesão corporal grave.

David de Queiroz Chaves, o mais atingido pelo espancamento, teve fraturas na face e escoriações por todo o corpo. Ele contou que desmaiou com os golpes sofridos e que, desacordado, chegou a inspirar a lama do meio fio. Ele descreveu com detalhes a ação de cada um dos agressores. O próximo passo do inquérito será o reconhecimento dos suspeitos, que será realizado em data a ser marcada pela delegada. O advogado das vítimas, Daniel Maia, agradeceu o apoio da OAB-CE e apelou à Justiça para que os suspeitos sigam presos. “Se forem soltos, a impunidade está garantida”, afirmou.

Para o presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro, a Justiça e as autoridades diplomáticas brasileiras devem se esforçar para manter os mexicanos presos no Brasil, até o julgamento de um crime que considerou “emblemático e absurdo”. A gravidade do crime, segundo o presidente, está no fato de que “aconteceu com dois advogados, mas poderia ocorrer com qualquer um”. Também assistiram ao depoimento o tesoureiro da OAB-CE, Marcelo Mota; os conselheiros Ademar Bezerra Júnior e Janayna Lima; o coordenador do Centro de Apoio, José Navarro, e o integrante do Centro, Robson Sabino.