Por meio da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), a Prefeitura de Fortaleza lançou o portal Observatório da Mulher de Fortaleza, na última segunda-feira (09), no auditório do Paço Municipal. A Comissão da Mulher Advogada (CMA) da OAB-CE, representada pela membro efetivo Eliene Bezerra, participou do evento que apresentou as ações da plataforma que traz todas as ações públicas voltadas para mulheres e divulga dados relacionados à violência doméstica e sexual.

Para a presidente da CMA, Christiane Leitão, a Comissão se fortalece muito com a plataforma, principalmente no cenário em que a OAB-CE tem convênios para o trabalho conjunto na área com o governo municipal, através da Coordenadoria de Políticas Especiais para Mulheres de Fortaleza, coordenada por Natália Rios, e da Regional VI, com a secretária Darlene Braga, também parceira nas ações da OAB Solidária. “Esse observatório vai ser muito importante para a nossa cidade, até porque nossos índices de violência são muito altos. E é só através desse direcionamento, políticas e ações diretas nos principais bairros é que poderemos observar a mudança desses quadros”, aponta.

O Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde é quem vai fornecer os dados. “A plataforma vai dar orientações sobre os dados das regiões aqui do nosso município, apontando os índices de violência doméstica e sexual através do Centro de Referência, o que nos ajuda no atendimento das mulheres nessas situações. Coletar esses dados vai colaborar exatamente para que a gente possa trabalhar nas zonas de maiores riscos”, explica a presidente da CMA.

Durante o evento, o prefeito Roberto Cláudio destacou que o objetivo é ter uma plataforma de dados abertos, de acesso livre, onde o poder público, o cidadão de Fortaleza e a comunidade acadêmica terão acesso. “A ideia é concentrar registros, como feminicídios, abusos e assédios. Também haverá divulgação de indicadores específicos, a exemplo da saúde. É importante que todas as informações estejam acessíveis nesse portal que concentra informações específicas para induzir a criação de políticas públicas municipais que promovam a equidade de gênero”, ressaltou.

Segundo a coordenadora de Políticas Especiais para Mulheres de Fortaleza, Natália Rios, a ideia surgiu para criar e aprimorar as políticas públicas a partir de números e indicativos. Será uma ferramenta de controle social, e monitoramento. “Hoje, nós temos, em média, mais de 6 mil atendimentos anuais no Centro de Referência da Mulher. É uma amostra considerável para termos as informações relacionadas à violência, os bairros onde ela acontece com maior frequência, em quais Regionais há índice de violência psicológica, física, patrimonial. E para além da violência, podemos mensurar outros indicadores que são oriundos de uma ficha que a mulher preenche ao ser atendida. Então, de certa forma, é um instrumento de transparência também”, disse.

O Observatório da Mulher foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação (Citinova), o Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) e a Universidade de Fortaleza (Unifor). Para acessar o portal Observatório da Mulher clique aqui.

Com informações da Prefeitura Municipal de Fortaleza