O modo como lidamos com a educação jurídica está em xeque, cada dia mais. O isolamento social decorrente da pandemia provocou uma enxurrada de lives, webinários e tantos outros eventos, nas mais diversas plataformas eletrônicas.

Os salões virtuais das redes sociais passaram a se movimentar em uma quantidade ainda mais frenética. De uma hora para outra, pessoas passaram a ser “autoridades” em determinados assuntos práticos ou acadêmicos. E um olhar crítico deve ser feito, principalmente na veracidade desses conteúdos que estão sendo propagados.

Sim, é possível ser tecnológico, virtual e, ao mesmo tempo, profundo, útil e engajado. A tecnologia vem sendo uma excelente ferramenta para aproximar quem, geograficamente, está distante, além de promover novos negócios e conteúdos digitais. Mas ela também pode afastar profissionais, principalmente os mais seniores, não tão afeitos aos apetrechos tecnológicos. E é para eles que a nova gestão da Escola Superior da Advocacia da OAB-CE vem dirigindo a sua atenção, como forma de prepará-los para acompanhar as ferramentas mais atuais de acesso à informação, integrando-os com a comunidade virtual que se vivencia na contemporaneidade, garantindo a plena e efetiva formação profissional, que deve ser ao longo da vida.

O braço acadêmico da OAB Ceará também passou a promover a inclusão com mais alento. O primeiro ato da nova gestão, e também inédito no Estado, determinou a paridade de gênero em todos os eventos desenvolvidos pela Instituição, como forma de promover a igualdade, valorização da mulher advogada, e sem se descuidar do respeito à diversidade.

A interiorização é extremamente necessária, por isso estaremos alavancando essa robusta conexão com a advocacia no interior, levando cursos e palestras de forma telepresencial e, futuramente, presencial também. Afinal, são mais de dois mil colegas atuando fora da capital, todos eles demandam e merecem as mesmas oportunidades de ensino e aprendizagem.

A Escola Superior da Advocacia está atenta à sua missão institucional e às oportunidades de reinvenção que a pandemia trouxe, pois a educação jurídica, como em toda a vida profissional, não pode parar.

 

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Eduardo Pragmácio Filho

Presidente da Escola Superior de Advocacia (ESA-CE)