Certa vez um advogado me perguntou como faço para colocar o dinheiro para trabalhar para mim. Essa é uma pergunta interessante e que apenas os que possuem conhecimentos de finanças conseguem colocar em prática. O que tenho visto mais e mais com o passar dos anos são profissionais se desestimulando com a advocacia, alegando que ninguém consegue ficar mais rico com o direito. É engraçado, pois se considerarmos a evolução das profissões no mesmo período, constatamos que nunca existiram tantos profissionais tão qualificados em todos os segmentos. Nunca tivemos tantos mestrados, MBAs. Usando o mesmo raciocínio, então, não daria mais para ninguém ficar rico, em nenhuma profissão.
Mas, então, como alguns conseguem? Na prática, qualquer pessoa, para gerar riqueza, precisa de três passos fundamentais: ganhar dinheiro; economizar, o que significa, gastar menos do que ganhou; e, investir, ou aplicar a sobra, para multiplicar com os juros, o que na prática é colocar o dinheiro para trabalhar para você. Existem outras formas de fazer o dinheiro render: comprar imóvel e esperar ele valorizar para vender com lucro, ou investir em um pequeno negócio e quando crescer, vender sua participação com acréscimo, ou construir algo do zero (podem ser casas ou franquia ou uma empresa) e quando pronto, vender por um preço acima do que investiu, com um bom retorno. Mas o fato é que riqueza exige estudo, esforço, trabalho, disciplina e planejamento. Não há como fugir disso. Fora isso, fortuna só é possível se você receber uma herança; se casar com alguém rico ou se ganhar na loteria. Se não, só será rico se fizer o dinheiro trabalhar para você. Investir é libertador.
Quando uma pessoa chega neste ponto, de sobrar recurso para investir e quando começa a vê-lo se multiplicar, ela se pergunta por que não fez isso antes. Mas o fato é que isso se torna um círculo virtuoso, pois investir gera retorno que investido gera mais retorno. É o chamado juros compostos ou o dinheiro se multiplicando. Meu desejo é que você consiga chegar neste momento de investidor e alcance a sua independência financeira.
Alexandre Aguiar Maia é presidente da Comissão de Gestão Jurídica da OAB-CE