Representantes do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, do Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Subseção de Baturité, estiveram nesta segunda-feira, 22, na delegacia de Redenção para obter informações e provas relacionadas ao fato ocorrido com a advogada Karla de Alcantara Nogueira Borges, que recebeu voz de prisão de uma escrivã lotada naquela delegacia.

O fato teria ocorrido por conta da advogada ter cobrado informações sobre notícia-crime protocolada naquela delegacia. A partir disso, teria ocorrido discussão verbal entre a advogada e a escrivã, e esta teria dado voz de prisão à advogada. Em seguida, a advogada também teria dado voz de prisão na escrivã.

Os advogados Timóteo Fernando, Robson Sabino, Felipe Augusto, Nilton Junior e Janaina Nunes, que estiveram em missão oficial da OAB/CE, requereram, junto a
à delegacia de Redenção, cópias da noticia-crime protocolizada pela advogada Karla Borges, cópias do TCO lavrado contra a advogada, e mídia do circuito interno de filmagem da delegacia.

O Advogado Nilton Junior defendeu que “deveria ter sido lavrado o auto de prisão também contra a escrivã, já que esta igualmente recebeu voz de prisão da advogada”. Já o advogado Robson Sabino pontuou que “o procedimento deveria ter sido encaminhado para outra delegacia, diversa daquela em que é lotada a escrivã”.

Segundo o advogado Felipe Augusto, “se mostra totalmente desproporcional o fato da notícia-crime protocolada pela advogada Karla Borges não ter sido sequer tombada, enquanto o TCO contra a advogada foi lavrado no mesmo dia”. “A Subseção de Baturité, estará vigilante não só nesse episódio, como também na apuração de todos os fatos que implicarem em violação de prerrogativas na região daquela Subseccional”, ressaltou a advogada e presidente da Subseção de Baturité, Janaina Nunes.

O advogado Timóteo Fernando preferiu não tecer comentários sobre os fatos e as diligências por ser ele o relator do caso no Tribunal de Defesa das Prerrogativas, para que se mantenha a isonomia e imparcialidade no julgado.