O Centro de Apoio e Defesa do Advogado da OAB-CE visitou várias unidades prisionais para verificar as condições de atendimento aos advogados. Uma das principais reclamações é com relação à demora no atendimento.

 

"Em decorrência do pequeno número de agentes no plantão, muitas vezes, o deslocamento do preso para que possa falar com seu advogado demora horas", informa José Navarro, coordenador do Centro de Apoio e Defesa do Advogado. Segundo ele, para amenizar o problema, algumas unidades, a exemplo da CPPL I, estão adotando um sistema de agendamento.

 

O sistema de agendamento é simples e prático: o advogado telefona no dia anterior informando o nome do preso e o período em que irá vê-lo. Quando chega ao presídio, o preso já está à disposição do advogado, sem nenhuma espera.

 

A iniciativa partiu inicialmente do diretor da CPPL I, Almino Pinheiro, atendendo a várias solicitações da OAB-CE. "A prática do agendamento não impede que o advogado, caso queira, dirija-se ao presídio para reunir-se com seu cliente em qualquer horário sem agendamento prévio, como lhe faculta o artigo 7º, inciso III da Lei 8.906/94", salienta Navarro, acrescentando que a iniciativa visa tão somente evitar esperas incômodas aos advogados.

 

"Caso se demonstre viável, solicitaremos sua aplicação nas demais unidades prisionais", finalizou José Navarro.