O presidente da Secional Ceará da Ordem dos Advogados do Brasil, Valdetário Andrade Monteiro, e o coordenador do Movimento Justiça Já, Edimir Martins, comandaram ato público, na tarde de hoje, 31, no átrio do Fórum Clóvis Beviláqua, em defesa da competência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para processar e punir juízes por desvios ético-disciplinares. Valdetário criticou a falta de estrutura do Poder Judiciário Estadual e ressaltou que nunca, em toda a sua história, a OAB-CE foi tão atuante na defesa da advocacia como na atual gestão.

 
Em seu discurso de encerramento do ato, Valdetário lembrou que essa é a oitava vez, em dois anos, que a Ordem cearense faz manifestação no Clóvis Beviláqua por melhor prestação jurisdicional. “No início, a situação estava difícil e agora, o Poder Judiciário vive o seu pior momento. Continuamos sem juízes, sem servidores”, declarou. 
 
O presidente da OAB-CE disse que acabou o momento de ficar esperando uma solução. “Temos de ter fé, mas precisamos lutar. Não podemos nos calar”, conclamou a classe para que se mantenha unida em defesa do CNJ. “Sim a competência do CNJ”
 
Com a presença de dezenas de advogados e advogadas, do ato participaram Conselheiros Estaduais, presidentes da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (CAACE), Leandro Vasques, e do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem, José Damasceno, o juiz Michel Pinheiro, diretor do Fórum de Caucaia, além de diversas atividades representativas da sociedade e dos servidores do Poder Judiciário.
 
O evento foi aberto por Edimir Martins que fez discurso emocionado em defesa do Conselho Nacional de Justiça. “Quem não defende o CNJ, defende uma Justiça corrupta”, afirmou, prestando homenagem à Ministra Corregedora Eliana Calmon, sendo aplaudido pelos presentes. Diversas autoridades também se posicionaram sobre a importância do CNJ.
 
Durante o evento, a Ordem colheu centenas de assinaturas em defesa do Conselho Nacional de Justiça. O abaixo-assinado será encaminhado ao Conselho Federal da OAB, que, ontem à tarde, também realizou ato público contra a perda de poderes do CNJ.