O ex-presidente do Conselho Federal da OAB Francisco Ernando Uchôa Lima  foi empossado membro da  Academia Cearense de Letras. Em solenidade na noite desta terça-feira, 27, o advogado assumiu a cadeira de número 14, cujo patrono é o jornalista, político, cronista e historiador João Brígido dos Santos. O Palácio da Luz se abriu para receber escritores, advogados, desembargadores, políticos, juízes, professores e a família de Ernando Uchôa, que foi reverenciado pela sua cultura, amor à advocacia e postura ética que sempre adotou ao longo de sua vida.

O advogado criminalista foi nomeado para a entidade literária máxima do Estado no dia 10 de setembro deste ano, na vaga do poeta e político José Maria de Barros Pinho. Este último lembrado por Ernando Uchôa Lima como poeta sensível, referência também feita por César Asfor Rocha, que fez a saudação ao novo acadêmico.

Dirigindo-se à Ernando Uchôa Lima, o acadêmico César Asfor disse que a Academia Cearense de Letras abre orgulhosamente suas portas para recebê-lo e enfatizou que “nossas vidas futuras só se imortalizam quando gerações futuras nos citam com reverência”.  Ressaltou, ainda, liderança do novo imortal na advocacia cearense e nacional.

Em emocionado discurso, quando lembrou da infância e juventude, dos pais e irmãs, e da “longa e áspera a caminhada” que percorreu fez agradecimento especial a Deus, reafirmando ser homem de convicção cristã. Ressaltando o sentimento de gratidão, agradeceu a honra de tomar acento “entre os luminares da Academia de Letras”.

O imortal Ernando Uchôa Lima, que enfatizou a importância dos princípios éticos, lealdade e conduta moral, agradeceu a Filgueiras Lima, Paulo Sarasate, Braga Monteiro, Albaniza Sarasate. Mas, prestou uma homenagem especial à família. Encerrou o discurso, fazendo uma declaração de amor à sua esposa, Regina Lima: “minha companheira há 55 anos, doce lenitivo das minhas angústias, anjo tutelar da minha vida”.
Autoridades locais e nacionais prestigiaram a posse de Ernando Uchôa. A mesa foi composta pelo presidente da Academia Cearense de Letras, Pedro Henrique Saraiva Leão; pelos ex-governadores Adauto Bezerra e Gonzaga Mota; pelo presidente da OAB-CE, Valdetário  Andrade Monteiro; pelo desembargador Haroldo Máximo, representando a presidência do Tribunal de Justiça; pelo acadêmico José Augusto Bezerra, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará;  e por Alberto de Paula Machado, vice-presidente da OAB Nacional e representando a presidência da entidade.