A mudança tecnológica no sistema judiciário – passagem do uso do papel e da máquina de escrever para o computador e internet – representa não só um dos principais avanços, mas também se constitui num desafio aos advogados com mais de 10 anos de atuação.

Na visão do diretor geral da Escola Nacional de Advocacia (ENA), Henri Clay, cerca de 55% dos 800 mil advogados em todo o Brasil têm dificuldade quanto ao novo sistema de peticionamento judicial eletrônico (PJe).

Isso porque, em sua opinião, há mais de 46 sistemas de peticionamento que, ao invés de facilitar o trabalho dos advogados, tornam-se um verdadeiro entrave quanto à celeridade da justiça no país.

“O CNJ já compreendeu que é importante e necessário estabelecer apenas um único programa de peticionamento. Esperamos que até o próximo ano esta conquista seja concretizada”, diz.

O curso “Peticionamento Judicial Eletrônico e Certificação Digital”, realizado hoje na Fundação Escola Superior de Advocacia do Estado do Ceará (Fesac) vai ao encontro dessa proposta. De acordo com Henri Clay, todas as dúvidas e sugestões coletadas durante o curso serão encaminhadas ao CNJ como forma de reforçar os 63 itens que podem melhorar o PJe no Brasil.