O presidente da OAB Iguatu, Marco Antônio Sobreira, e o Conselheiro Estadual da OAB Ceará, Mario Leal, junto com inúmeros advogados e advogadas estiveram na cidade de Quixelô, Ceará, realizando audiência Pública na Câmara Municipal da cidade para debater a grave dificuldade enfrentada pelos advogados e advogadas e  jurisdicionados da Região, que não conta com Juiz Titular na Comarca.

Na 2ª Zona, de Iguatu, há 25 cargos de juízes, mas somente sete estão preenchidos. Neste cenário, magistrados passam a responder por mais de uma comarca ao mesmo tempo, gerando aumento de tempo na resolução dos processos. “Assim o cidadão não vê o processo avançar e perde a confiança na Justiça”, afirma o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – secção Ceará (OAB-CE), Valdetário Monteiro.

Segundo o presidente da OAB Iguatu, Marco Antonio Sobreira, a falta de juízes implica diretamente na morosidade da Justiça e isso, em determinados municípios, acaba motivando os cidadãos a se utilizarem de meios violentos para “fazer Justiça”. Nessa situação, os advogados também são prejudicados, pois se veem atados em sua tarefa de intermediação. “Acaba sendo um dano à sociedade, à advocacia e à Justiça”, pontua.

O problema da falta de juízes no Interior se agravou nos últimos quatro anos, quando a estrutura do Judiciário na Capital foi ampliada. Nesse processo, magistrados que estavam nas comarcas do Interior foram chamados para as varas de Fortaleza, gerando desfalque nos demais municípios.