A Comissão de Políticas Públicas sobre Droga aprovou o projeto Consultório de Rua, desenvolvido pela Prefeitura de Fortaleza, junto moradores de rua com problemas de álcool e droga. Uma rotina diária do projeto foi observada nesta segunda feira (27), quatro meses depois de iniciadas as visitas às áreas transformadas, ou que podem ser transformadas, em “cracolândias”. A avaliação do serviço foi feita pela presidente da Comissão, Rossana Brasil Kopf, que foi acompanhada pela Coordenadora de Políticas Públicas sobre Droga da Prefeitura, Juliana Sena.

A Comissão já mantém diálogo permanente com as coordenadorias do Município e do Estado. “É uma ação de grande impacto”, afirmou Kopf, que defendeu a existência de outras ações, nos âmbitos do município, do Estado e da União, em Fortaleza e em outras cidades do interior. “Quanto mais envolvimento da sociedade tiver, mais êxito tem esse tipo de projeto”, comentou. Para Sena, a abordagem se fundamenta no respeito. “Perguntamos se a pessoa quer o tratamento”, explicou. “Mas não são todos que querem deixar a rua, é lá que está a droga e o álcool”, lamentou.

As visitas do Consultório de Rua são realizadas de segunda a sexta feira, das 16 às 22 horas. Cada equipe é formada por dois psicólogos e um assistente social, treinados para fazer as abordagens e encaminhar os casos aos serviços especializados dos Centros de Referência de Assistência Social-CRAS do município ou às comunidades terapêuticas conveniadas.  Outro serviço é o tele-atendimento 24 horas, feito por meio do telefone gratuito 0800.0321474, que orienta pais e dependentes sobre como enfrentar situações de crise e como encontrar apoio profissional no serviço público.