fábrica escola3 okA Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE), por meio da Comissão de Direito Penitenciário, visitou, na manhã dessa sexta-feira (28), o projeto “Fábrica Escola”, voltado à reinserção social de apenados e egressos do sistema carcerário. A visita foi acompanhada pelo presidente da Comissão, Márcio Vitor Albuquerque e pelos membros do grupo, Alexandre Sales, Elias Kleberson e Raiara Custódio.

O projeto fica na Avenida Dom Manuel, nº 738, no centro de Fortaleza e é formado por detentos do regime semiaberto que atendem aos requisitos para concessão do benefício e estão aptos a participar do programa. Por meio da iniciativa, o detento pode participar de diversos programas e cursos, entre os quais a fabricação de vários utensílios domésticos, além de serigrafia, confecção de bolsas, entre outros.

“Projetos desse porte devem ser expandidos, tanto na Capital como no Interior, já que a maioria absoluta dos detentos não tem ocupação alguma e voltam para a criminalidade. A intenção da Comissão de Direito Penitenciário é mostrar para a sociedade as vantagens do projeto, bem como estimular a participação em tais programas”, disse o presidente da Comissão, Márcio Vitor.

As famílias dos detentos também são inseridas na iniciativa e acompanham todo o trabalho. Segundo o professor e coordenador do projeto, Vicente de Paula Pereira, o índice de retorno à criminalidade é mínimo, “pois novas oportunidades surgem e muitos deles conquistam logo um emprego digno e voltam a ser inseridos na sociedade”.

A visita também foi acompanhada pelos estudantes de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), Cláudia Isabelle e Lucas Evaldo; e pelos estudantes de Direito da Estácio – Fic, Nayane Candido, Cintia Mariano e Brena Jucá.

No local há uma loja onde os produtos são expostos e vendidos. A maior parte do dinheiro arrecadado é destinada aos egressos. O restante é usado para a compra de matéria-prima.

O projeto Fábrica Escola surgiu a partir do engajamento dos juízes da Vara de Execução Penal, Cesár Belmino e Luciana Souza, em parceria com entidades públicas e privadas, entre elas a OAB Ceará e a Fundação Deusmar Queiroz.