O advogado cearense em início de carreira já tem a quem recorrer em busca de conhecimento e expertise para a implantação vitoriosa de seu negócio no ramo da advocacia. Trata-se do Núcleo do Advogado Empreendedor (NAE), iniciativa pioneira da OAB-CE e da Escola Superior de Advocacia (ESA), em parceria com instituições de ensino superior de renome do Ceará, que funcionarão como certificadoras dos cursos, e com a Associação dos Jovens Advogados (Ajaforte).
O lançamento oficial do NAE aconteceu nesta terça-feira, 6, em solenidade no auditório da Faculdade Ari de Sá, parceira da OAB-CE e da ESA no Curso de Especialização em Advocacia Empreendedora e Práticas Processuais e no curso de pós-graduação em Advocacia Empreendedora, que já se encontram com suas inscrições abertas no site do Instituto de Estudos Empresariais (Iemp), outra instituição parceira no NAE. Mais informações também podem ser obtidas no site da ESA ou pelo telefone (85) 3272.1707.
O evento de lançamento do Núcleo do Advogado Empreendedor constou de três palestras: “Planejamento de Carreira”, com a sócia-fundadora do Iemp, Ana Cristina Barros, “Relacionamento entre Magistrados e Advogados”, com o diretor do Foro na Justiça Federal, Bruno Leonardo Carrá, e “Jus Navegandi – vinte anos de Direito na internet”, com o editor de conteúdo do site Jus Navigandi, Paulo Gustavo. Estiveram presentes professores da Ari de Sá, o presidente da Ajaforte, Patriarca Brandão, e conselheiros e presidentes de comissões da OAB-CE, além de advogados e advogadas.
O presidente da Faculdade Ari de Sá, Oto de Sá Cavalcante, disse que a parceria era momento de rara felicidade e de muita alegria para todos os que fazem a instituição. “Nós nos sentimos altamente prestigiados por sediar evento de tal importância para o exercício da advocacia. Esse nosso primeiro evento vai ficar registrado na história da faculdade”, salientou, acrescentando que a faculdade obteve o registro no Ministério da Educação depois de quatro anos de muita luta. Oto lembrou ainda a formação acadêmica do pai, Ari de Sá, formado em Direito, e declarou-se admirador das posições da OAB.
Ricardo Bacelar, vice-presidente da OAB-CE, que representou a diretoria da entidade no evento de lançamento do NAE, disse que o exercício da advocacia requer profissionalismo e estreita conexão com as novas tecnologias. “Hoje, temos ferramentas de comunicação que até bem pouco tempo atrás não existiam. Os conceitos mudam muito rapidamente e, por isso, o advogado tem que ter espírito criativo para buscar soluções inteligentes e inovadoras para as demandas do mundo corporativo”, ressaltou. Segundo ele, essa criatividade não pode estar alheia à ética e ao profissionalismo.
“Além disso, vivemos amarrados com o judiciário, que torna a vida do advogado realmente muito difícil. A verdade é que hoje entramos na justiça para não sair mais. Ações judiciais demoram 20, 30 anos. Isso é inconcebível. Ainda há o aviltamento dos honorários e o número cada vez mais crescente de advogados ingressando no mercado de trabalho, afora o fato de o direito estar se segmentando em diversas áreas”, destacou o vice-presidente da OAB-CE.
Segundo ele, o advogado tem que estar aberto à inovação, buscando sempre a prestação de serviço diferenciado para a resolução dos problemas de seus clientes. “A diretoria da OAB-CE tem hoje essa visão, está conectada a esta realidade e tem levado esses conceitos para os advogados e advogadas cearenses”, complementou. Ele lembrou ainda os cursos de extensão promovidos por meio da ESA, e agora os cursos de especialização em parceria com instituições sérias como a Faculdade Ari de Sá. “O nosso objetivo à frente da OAB é contribuir para que a advocacia cearense siga forte, vibrante e profissionalizada”, concluiu.
Já Marcell Feitosa, presidente da Comissão do Advogado em Início de Carreira da OAB-CE e do Conselho Jovem da OAB, uma das instâncias da entidade à frente do NAE, destacou o aspecto inovador do Conselho, instituído há aproximadamente seis meses. Ele ressaltou que, já em sua primeira sessão, o Conselho trouxe à tona os principais anseios dos advogados jovens relacionados ao ingresso no mercado de trabalho. E, destes anseios, dois se destacaram: o empreendedorismo e a prática processual.
“O jovem advogado manifestou interesse em conhecer mecanismos de empreendedorismo, visto de uma forma mais ampla do que a mera abertura de um escritório de advocacia. O outro anseio estava relacionado à prática jurídica. Muitos dos jovens advogados não têm possibilidade de fazer estágio em escritórios”, ressaltou. A partir dessas duas demandas, surgiu o NAE e, a partir dele, a formatação do curso de pós-graduação em advocacia empreendedora e a especialização. “Queremos que esse iniciativa traga respostas a perguntas dos jovens advogados, sejam elas simplórias ou complexas”, finalizou.