No dia 2 de maio, a Comissão de Direitos Culturais da OAB-CE protocolou junto à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE) e ao Governo do Estado pedido de reconhecimento da obra de Belchior como patrimônio imaterial do Ceará, visto que o registro desse patrimônio importa no reconhecimento do valor cultural de bens portadores de referência à identidade e à memória da obra musical do artista.

Segundo o presidente da OAB Ceará, Marcelo Mota, Belchior foi um artista muito importante para o país. “Um ícone da música popular brasileira, cujo legado ficará para sempre nas memórias. Nada mais justo que esse legado seja oficialmente registrado”, destaca.

Para o presidente da Comissão de Direitos Culturais da OAB Ceará, Ricardo Bacelar, o reconhecimento da obra atenderia à necessidade de se tutelar a memória da música cearense, especialmente em relação a uma determinada época, enquanto direito difuso. “Será um feito inédito para a música cearense. A obra de Belchior é diferenciada. Sua morte causou grande consternação e existe um apego à estética que ele escreveu e fez. Sob o ponto de vista artístico, tem relevância e merece esse reconhecimento formal”, disse.

Belchior
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior, nasceu em Sobral, no dia 26 de outubro de 1946, foi um grande cantor e compositor brasileiro, membro do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Rodger, e outros. Belchior foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970. No último 30 de abril de 2017, o Brasil foi surpreendido com sua morte.