Comemorado a partir de 2009, o Dia Mundial da Justiça Social visa reforçar a necessária busca pela justiça social, missão precípua das Nações Unidas no esteio do desenvolvimento e da dignidade humana para que os estados-membros promovam atividades, a nível nacional, para a promoção da integração social, para a garantia do pleno emprego,  trabalho digno, igualdade de gênero, acesso ao bem-estar social e o acesso à justiça para todos; com a convivência pacífica e saudável entre as nações.

A pobreza, fome, desemprego, desigualdade de gênero, todas as formas de discriminações, de exclusão social e negação de direitos humanos atentam contra a dignidade de todos nós.

É contraditório no século XXI o ser humano morrer de fome, padecer as mais cruéis formas de discriminações, a exclusão de direitos mínimos e imperiosos à sobrevivência como os direitos universais à alimentação, à saúde dentre tantos outros.

Infelizmente, no Brasil é incontestável o acesso limitado à educação, à saúde, à empregos formais bem como o acesso à justiça. Não podemos aceitar nenhum direito a menos, sobretudo à guisa de perdão de dívidas fiscais de grandes corporações em prejuízos de ações que promovam a justiça social, tais como a mitigação de programas como FIES; PROUNI; Minha Casa, Minha Vida; e a conclusão da mais que secular sonhada Transposição do Rio São Francisco, etc. Programas esses que elevaram o conceito do Brasil a nível internacional como nação que busca a erradicação da pobreza, das desigualdades sociais, e promove a justiça social, como reza, o art.3º da nossa Constituição Cidadã, hoje tão vilipendiada. Cabe a cada um de nós, cidadão, cidadã, buscar garantir a justiça social. Reflitamos o que precisa ser realizado para melhorar as condições sociais em nosso País. Intensifiquemos nossos esforços para termos uma sociedade mais inclusiva que com certeza será fruto do diálogo, da transparência e da justiça social. É sempre atual o ensinamento do grande jurista Rui Barbosa: “Não há nada mais relevante para a vida social que a formação do sentimento de justiça.”

Francilene Gomes
Presidente da Comissão de Acesso à Justiça.