Vamos aos números divulgados recentemente pelo Datafolha/FBSP: 16 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência no ano de 2018. 45% dos feminicídios aconteceram por inconformismo dos homens com a separação e 30% foram causados por ciúmes/machismo.

A taxa de feminicídios no Brasil é a quinta maior do mundo. Quatro mulheres são espancadas a cada minuto em nosso País. As estatísticas estão aí, a revelar esse percurso: mesmo apresentando mais anos de estudo e competência, as mulheres trabalhadoras continuam recebendo salários, em média, 70% inferiores aos dos homens. Mulheres negras recebem, em média, metade do rendimento das mulheres brancas.

O machismo vem arrancando vidas todos os dias. Somos bombardeados por notícias lamentáveis de abusos, casos de violência e outras tantas atrocidades envolvendo o sexo feminino. Precisamos dar um basta! É inadmissível que a sociedade continue sendo fundamentada em conceitos onde a igualdade, muitas vezes, fique só no papel, trazendo graves consequências para as mulheres.

Trazendo para o âmbito oabeano, o Conselho Federal aprovou uma resolução afirmativa pelo fortalecimento dos direitos e prerrogativas das mulheres, definindo que casos de agressões e violência contra a mulher serão fatores que impedirão a inscrição de bacharéis em Direito nos quadros da Ordem, sendo considerado ausência de idoneidade moral, independente da instância criminal.

Essa ação é mínima. Temos consciência disso. É preciso mais da sociedade e de nossos governantes, porque a culpa não pode ser da vítima e ela não deve ser responsabilizada pela violência ou abuso que sofreu.

Ainda em passos lentos, estamos evoluindo. Através de uma luta social feminina contra a violência, a opressão de gênero, raça, classe, sexualidade e justiça, estamos, enfim, mudando o modelo padrão de comportamento patriarcal e machista. Isso ainda não é suficiente. Mulheres merecem mais respeito! De fato, é fundamental fazermos valer o artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, onde “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

Precisamos renovar a defesa e o fortalecimento dos direitos e prerrogativas das mulheres. Para as mulheres e pelas mulheres, vamos ao combate, sem medo e sempre.

Clique aqui e confira o artigo publicado pelo o Jornal O Povo

Erinaldo Dantas
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