Nelson Mandela, advogado, presidente da África do Sul (1994 a 1999) e vencedor do Prêmio Nobel da Paz (1993), costumava falar que “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. E de fato, acredito que a educação liberta, transforma e proporciona mudanças oportunas, tanto no social, econômico e cultural.

Recentemente, participei de um evento onde foi anunciada a quantidade de 20 mil jovens de escolas públicas conquistando a aprovação em faculdades e universidades. Segundo os números apresentados pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), o índice de aprovados tem mostrado um salto nos últimos anos. Em 2016, 13.516 jovens ingressaram em universidades. Já em 2017, 16.897 conseguiram acesso ao ensino superior. Em 2018, 20.207 jovens foram aprovados em instituições de ensino superior.

Desta forma, a medida adotada pelo Ministério da Educação (MEC) no corte de 30% nas verbas das universidades públicas e dos institutos federais do País, abre caminho para uma profunda crise no setor, indo contra os princípios inscritos no Art. 206, da Constituição Federal de 1988, que assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento e o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.

Não podemos admitir a destruição da educação pública brasileira. As universidades são o berço da produção científica do País, em todas as áreas. O corte no orçamento e a retirada de investimentos nos cursos é algo preocupante e que pode comprometer a formação de milhares de estudantes; o desenvolvimento de grandes pesquisas; e facilitando um possível processo de privatização das universidades públicas. Este seria um verdadeiro enfraquecimento da educação profissional!

A problemática é complexa e não é fácil resolvê-la. Se queremos crescer como nação, devemos cultivar o debate sobre a educação. Temos que defender o fortalecimento e autonomia, como espaço de formação e produção do conhecimento. E o que nos resta? Batalhar para que o contingenciamento anunciado seja revisto, o mais rápido possível, e que, ao invés de cortar, o governo federal passe a ampliar os investimentos em educação pública no rumo ao desenvolvimento. Precisamos nos unir para garantir o avanço na educação brasileira. Porque, sim, eu acredito que a educação liberta.

 

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Erinaldo Dantas
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