Realizado pelo Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT7), o II Seminário de Valorização do Trabalho Médico e de Equipes de Saúde aconteceu no dia 27 de junho, e  abordou soluções em prol da melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida da categoria.

Com a coordenação do presidente da Comissão de Saúde e Direito Médico da OAB-CE, Ricardo Madeiro, e da médica Francinete Giffoni, o evento ocorreu no auditório do TRT-7 e abordou temas como “Entidades Médicas e vida profissional do médico: SUS, Saúde Suplementar e setor privado”, “Autonomia, dignidade e ética”, dentre outros. 

De acordo com Madeiro, o que motivou a realização do encontro foi a precarização das condições de trabalho dos profissionais de saúde e das estruturas hospitalares. “O evento foi motivado em decorrência das más condições de estrutura física, recursos humanos precários e material e equipamento deficitário nas unidades de saúde. Principalmente quando se fala em relação à atenção primária nas unidades de saúde no interior do Estado. Então, nós temos a precarização da estrutura física, onde as condições são muitas das vezes inadmissíveis e inaceitáveis em decorrência não só da falta de estrutura física, mas também da sobrecarga de trabalho em consequência do pouco quantitativo de profissionais contratados pelos entes públicos e privados.” explicou. 

O presidente da CSDM ainda ressaltou que outra preocupação pautada no evento foi quanto à segurança no ambiente hospitalar. “ Também discutiu-se a falta de segurança nas unidades de saúde, por exemplo, de vários assaltos que tem ocorrido dentro das unidades de saúde, dentro dos postos de saúde, onde temos também invasões de facções dentro dos hospitais, muitas das vezes, para resgatar pacientes que estão lá dentro dos hospitais. Então, é uma situação muito crítica, uma situação que inclusive foi agravada com o recente assassinato de um servidor público do Instituto Doutor José Frota, o que demonstra que não existe a menor segurança para os profissionais que lá trabalham”, pontuou. 

Quanto ao objetivo central do Seminário, Francinete Giffoni menciona que é “procurar despertar nos médicos o sentimento de classe da categoria, que faz parte do nosso Código de Ética, além de despertar nas faculdades de Medicina a preocupação dos alunos com o seu futuro”.

Compuseram a mesa de abertura do Seminário, a gestora regional do Programa Trabalho Seguro, desa. Regina Gláucia Cavalcante; o gestor regional do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, des. Francisco José Gomes da Silva; a coordenadora do evento, Francinete Giffoni; o presidente da Amatra7, juiz Hermano Queiroz Júnior; a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho, Geórgia Silveira Aragão; e o conselheiro do Conselho Regional de Medicina (CRM), Anastácio de Queiroz Sousa.

Apoiaram o evento a Secretaria de Saúde do TRT-CE, o Sindicato dos Servidores da Sétima Região da Justiça do Trabalho (Sindissétima) e a Associação dos Magistrados do Trabalho da 7ª Região (Amatra7).