A eternidade deve permanecer como característica exclusiva da morte. A afirmação foi feita hoje, 16, pelo presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, ao criticar duramente a presidenta Dilma Roussef por defender o sigilo eterno para documentos oficiais. "É inacreditável que a presidente Dilma Roussef, vítima que foi do sigilo ditatorial, e com uma trajetória de lutas pela democracia, queira apoiar o sigilo eterno de determinados documentos". 

 
Para o presidente da OAB-RJ, esse tipo de atitude de Dilma Roussef dá a entender que "o povo brasileiro deve ser tratado como criança, que não tem maturidade para absorver e aprender com fatos históricos, ainda que tristes e repugnantes". E acrescentou: "a regra, em uma democracia, é a publicidade. O sigilo é exceção que se impõe em casos que ameacem o estado soberano, a sociedade e a estabilidade das relações internacionais".
 
– Se a revelação de episódios ligados à Guerra do Paraguai ou de relatos dos arquivos do barão do Rio Branco, por exemplo, deslustram biografias de "heróis" ou de governantes, paciência. A verdade é sempre o melhor caminho na marcha do processo civilizatório e para a maturidade e grandeza dos povos, concluiu Wadih Damous.
 
Fonte: OAB