A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lança na próxima semana em Brasília o Observatório da Corrupção, considerado um primeiro passo dentro do Movimento Nacional de Luta sem Medo contra a Corrupção com o qual a entidade pretende atrair adesão de parceiros da sociedade civil, inclusive partidos políticos,  estudantes e dirigentes sindicais, comprometidos com a bandeira de resistência aos desmandos  com a coisa pública e à impunidade no País. O anúncio foi feito hoje, 16, pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, após se reunir reservadamente com os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Paulo Paim (PT-RS).

 
A reunião aconteceu no gabinete do senador Simon, que lançou nesta segunda-feira da tribuna do Senado um movimento suprapartidário contra corrupção e impunidade. "Hipotecamos aos senadores nossa solidariedade ao movimento, ao mesmo tempo que informarmos nossa intenção da OAB de debater e desenvolver formas de ataque à corrupção, que é um clamor da sociedade brasileira", disse Ophir Cavalcante à saída do encontro. Segundo ele,  dois passos importantes rumo ao combate à corrupção, por essa articulação de forças, já ficaram definidos na reunião de hoje: além do Observatório da Corrupção, que a OAB estará instalando no próximo dia 24, uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, na próxima terça-feira, 23, discutirá o problema com várias entidades da sociedade civil.
 
O Observatório da Corrupção, conforme Ophir, é um instrumento que a OAB criará para dar maior visibilidade á sociedade brasileira sobre os casos de corrupção e desvios de recursos públicos que estejam em julgamento no Poder Judiciário. Com amparo em sua Comissão Especial de Combate à Corrupção e à Impunidade,  ideia da entidade é disponbilizar no site do Conselho Federal todos os processos que tratam de corrupção. "O Observatório vai funcionar assim como uma ponte entre a OAB e a sociedade civil brasileira para que passe a acompanhar, fiscalizar e cobrar ações mais determinadas que dêem um basta à corrupção em nosso País", explicou Ophir.
 
O presidente nacional da OAB destacou, todavia, que Observatório pretende funcionar como um embrião ou pontapé inicial de um movimento maior  de resistência e repúdio à corrupção em todo o País, envolvendo todas as 27 Seccionais da entidade, suas mais de 1 mil Subseções com capilaridade em todo o País, sem contar a adesão que espera de outras entidades e dos partidos políticos comprometidos com essa luta.
 
Fonte: OAB