A Central de Conciliação do Fórum Clóvis Beviláqua realiza, de hoje até o próximo dia 27 de outubro, o 3º Mutirão Financeiro. Foram selecionados 533 processos das 30 varas cíveis da Comarca de Fortaleza. As ações dessa mutirão envolvem os bancos Itaú e Unibanco.

As sessões conciliatórias acontecem das 9h às 11h45 e das 13h às 17h45. Os acordos serão homologados no momento das audiências. De acordo com a juíza Jane Ruth Maia Queiroga, coordenadora da Central de Conciliação, os processos envolvidos no mutirão são selecionados pelas próprias instituições financeiras, que também se encarregam de notificar as partes. O objetivo, conforme a juíza, é fazer com que o maior número possível de cidadãos compareça às audiências e resolva seus litígios.
 

"Em um evento como esse, tanto ganham os bancos quantos os clientes. Todos ficam mais mobilizados e motivados a resolver seus problemas. O acordo só não acontece quando o cliente não está propenso a conciliar. As propostas dos bancos têm sido boas", ressalta a magistrada, dizendo que os descontos oferecidos chegam até 80%.
 

Na pauta do mutirão, de acordo com a juíza Jane Ruth, estão ações de cobrança, revisionais, consignação em pagamento, busca e apreensão, reintegração de posse e indenizações.

Apesar de o 3º Mutirão Financeiro envolver apenas 533 ações, as pessoas que desejam marcar audiências conciliatórias devem se dirigir ao Fórum e procurar a Central ou a própria vara onde o processo tramita. É preciso levar o CPF e informar um número de telefone.

Cultura de paz

"A gente vai fazer uma relação e agendar essas audiências para acontecer na Semana Nacional de Conciliação, que acontece de 28 de novembro até o dia 2 de dezembro. As pessoas devem buscar a cultura da pacificação social", afirma a juíza.

A Central de Conciliação do Fórum Clóvis Beviláqua tem o intuito de tornar a prestação jurisdicional mais célere e eficaz. Desembargadores, juízes, promotores de Justiça e defensores públicos aposentados, de forma voluntária, atuam como conciliadores.

No primeiro e segundo mutirões financeiros, que aconteceram em maio e junho deste ano, foram registrados, respectivamente, 80% e 90% de acordo entre as partes.
 

 

Fonte: Diário do Nordeste