O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (19) em entrevista que o ministro do Esporte, Orlando Silva, deveria renunciar ou pedir licença do cargo para se defender das acusações de irregularidades em que estaria envolvido na sua Pasta, entre elas o de suposto recebimento de propinas por assinatura de convênios. Para Ophir, diante das denúncias, ao se manter no governo o ministro Orlando Silva está usando o "escudo" do cargo para se defender. "O ministro está desfocado, neste momento já perdeu a credibilidade junto à sociedade e isto, certamente, vai afetar o próprio governo Dilma", afirmou.

 

"O ministro do Esporte poderia pedir licença do cargo para, então, responder com liberdade, responder de uma forma efetiva, mas não usando o escudo de ministro de Estado para fazer este tipo de resposta", disse o presidente nacional da OAB. Ele ressaltou que as marchas contra a corrupção, que têm ido às ruas no País, vem dando demonstrações de que o Brasil não mais tolera a ocorrência desses casos sem investigação e punição.

 

A seguir,  as declarações do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante,  sobre as denúncias envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, feitas há pouco em entrevista:

 

"Estou vendo com muita preocupação esse caso. Efetivamente, é mais um ministro de Estado a arder em função de denúncias de envolvimento em corrupção. Isso é algo que deprime a todos nós, é algo que a sociedade brasileira já não mais tolera. Estamos vendo aí marchas de combate à corrupção indo às ruas e, efetivamente, é necessário que haja uma resposta por parte do governo. Seria muito melhor para o governo que o ministro do Esporte neste momento pedisse para sair – saísse ainda que para se defender. Ele está desfocado, ele neste momento já perdeu a credibilidade junto à sociedade e isto, certamente, vai afetar o próprio a governo Dilma. Nós precisamos, neste momento, proteger cada vez mais o Brasil de situações como essa. Então, o ministro do Esporte poderia pedir licença do cargo para, então, responder com liberdade, responder de uma forma efetiva, mas não usando o escudo de ministro de Estado para fazer este tipo de resposta".

 

Fonte: OAB