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A Comissão de Direito Sindical da OAB-CE participou do mais recente debate promovido pela Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo no Ceará – COETRAE/CE, realizado no dia 18 passado, na Unifor. Estavam presentes representantes do Governo do Estado, do Ministério Público do Trabalho da 7ª Região, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e de entidades de trabalhadores. O 1º vice-presidente da Comissão de Direito Sindical, Clovis Renato, apresentou conceitos de Boaventura de Sousa Santos para denunciar o que chamou de “invisibilização do trabalho escravo pela mídia hegemônica e pela sociedade”, o que, para ele, produziria “uma verdadeira sensação de ausência e consequente indolência”. E defendeu que a situação que que ser revertida, “para que a sociedade e o Estado possam ser sensibilizados para a efetivação do combate a tais práticas nas relações de trabalho”.

Clovis Renato também apresentou dados da Comissão Pastoral da Terra, segundo a qual existem 25 mil pessoas submetidas às condições análogas ao trabalho escravo no Brasil. Outro número apresentado foi o da Organização Internacional do Trabalho, para quem  existem mais de 21 milhões de trabalhadores em condições análogas à escravidão no mundo, sendo quase 2 milhões na América Latina. No Brasil, segundo dados apresentados no Senado Federal, pela Senadora Ana Rita, foram resgatadas 40 mil pessoas da situação de exploração, de atividades que geravam lucros da ordem de US$ 30 milhões por ano para os contratantes.Segundo a senadora, no mundo, os prejuízos para os trabalhadores, referentes às garantias que deixaram de receber, somaram US$ 21 bilhões por ano, sendo US$ 3,6 bilhões por ano somente na América Latina.