No dia 18 de junho, a Comissão de Promoção de Igualdade Racial da OAB Ceará, representada por sua presidente, Raquel Andrade, participou da cerimônia de posse dos novos membros do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (COEPIR). O evento ocorreu para celebrar a posse de diversos órgãos normativos para participação no Conselho Estadual. A cerimônia ocorreu de forma remota, tendo transmissão ao vivo pelo canal da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS-CE) no Youtube.

O COEPIR é um órgão composto por 26 membros, sendo todos representantes do Governo e da Sociedade Civil Organizada, e que atua como um instrumento político de controle e participação social que reflete os avanços da luta de negros e negras, indígenas, quilombolas, povos de terreiro e ciganos por equidade e contra o racismo. No dia 14 de abril de 2021, após processo de seleção para integrar o Conselho Estadual, a Comissão de Promoção de Igualdade Racial da OAB Ceará, foi eleita para participar do órgão, durante todo o biênio 2021-2023. clique aqui e confira a matéria completa.

Durante a cerimônia de posse, Raquel Andrade destacou a importância de se entender sobre a ancestralidade e sobre o papel importante de outras etnias. “A perspectiva desta cerimônia que está ocorrendo nesta tarde, advém, na verdade, de uma tecnologia negra e de povos negros. O parlamento dos quilombos, foram as primeiras organizações, que começaram a construir os parâmetros democráticos que nos fazem hoje, ter voz em lugares institucionais, como este”, afirmou a presidente da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da OAB Ceará.

Para a advogada, a tecnologia negra é “uma tecnologia de sobrevivência e de extrema força, onde infelizmente, é minimizada, mas ressalto que, em hipótese alguma, ela será minoria. O povo quilombola, os ciganos, os negros, é na verdade, a maioria minorizada historicamente. O nosso papel hoje, como Conselho, não é representar uma minoria, pois não somos isso, nosso dever, é estabelecer o diálogo e se colocar à disposição para construir, pois é assim que se faz um estado democrático de Direito”, complementou.

No ensejo, a presidente ressaltou o intuito da criação do Conselho, e da participação da Comissão no mesmo, é para que em parceria, possa-se estabelecer mais força para a população a qual se luta o Conselho, e resultados positivos para toda população. “O propósito de nos reunirmos em apenas um Conselho Estadual para atuação, não será para sermos uma voz de cobrança. Nosso objetivo, de forma coletiva, é estabelecer uma voz ativa que se dará para a construção. Iremos cobrar quando necessário, mas estaremos aqui para construir o que é de todo interesse, de cada um que estão aqui hoje, para fazermos, um Ceará sem racismo. Somos vozes diversas, mas não somos, de forma alguma, vozes dispersas”, finalizou.