O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje, 19, que o Observatório da Corrupção, que a entidade lançará na próxima quarta-feira, 23, funcionará como "um canal entre a sociedade e a OAB no sentido da fiscalização contra essa praga, e de pressão legítima sobre o Judiciário, para que esse Poder dê prioridade aos processos nessa área, julgue e puna os culpados por desvios". Ele definiu ainda o Observatório como "um olhar da sociedade brasileira em cima do Judiciário, uma pressão legítima para que esse poder dê prioridade, julgue e puna os culpados por malversação e desvios de recursos públicos".

 
O presidente nacional da OAB salientou que o cidadão brasileiro hoje, mais do que nunca, deseja participar mais da vida nacional, defendendo seus legítimos interesses além da legalidade, a ética e a moralidade em todas as relações. "Portanto, o Observatório da Corrupção vem como uma contribuição da OAB para que haja esse controle", esclareceu, adiantando que o mecanismo vai contar com um site da OAB por meio do qual pode tanto acompanhar quanto denunciar casos de corrupção em seu Estado ou município, cobrando o seu rápido andamento na Justiça.
 
"Para isso, a OAB, usando toda sua capilaridade – e a entidade conta com 27 Seccionais nos Estados e Distrito Federal, além de mais de 1 mil Subseções – vai fazer com que esses processos comecem a andar, pressionando o Judiciário a julgar, pois será  um olho da sociedade em cima do Poder Judiciário", enfatizou Ophir. "Pelo site, o cidadão poderá ter acesso aos processos em andamento; ele vai clicar, por exemplo, no processo do ‘mensalão’  e vai ter acesso para saber em que pé ele anda; e poderá também interagir cobrando ao Judiciário maior rapidez no andamento da ação".
 
Segundo o presidente nacional da OAB, o Observatório da Corrupção cumpre também o compromisso da OAB com a cidadania, na medida em que lhe fornecerá instrumentos para acompanhar, fiscalizar e denunciar casos de corrupção, cobrando ainda ações mais eficazes do Poder Judiciário. "Definitivamente, será um olhar da sociedade brasileira, no sentido de fazer um controle contra a corrupção neste País: a partir da fiscalização do Poder Judiciário, exercendo de forma legítima uma pressão popular, exigindo que tudo aquilo com que contribuímos retorne na forma de serviços e, sobretudo, de Justiça".
 
Fonte: OAB