“O Judiciário, a OAB e o Ministério Público têm que andar de mãos dadas, no sentido de trabalhar em prol de uma Justiça mais cristalina, pura, verdadeira e que atenda aos interesses da sociedade.” A afirmação é do corregedor-geral da Justiça do Ceará, desembargador Francisco Darival Beserra Primo, durante inspeção, nesta segunda-feira (26/03), na 2ª Vara de Família do Fórum Clóvis Beviláqua.
O magistrado esteve reunido com o titular da unidade, juiz Joaquim Solón Mota Júnior, e com os servidores, para dar explicação sobre o trabalho. “No momento, essa Vara não passaria por inspeção, pois não existem denúncias formais. No entanto, a fiscalização foi iniciada por meio de representação da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará.”
Para o desembargador, “sempre haverá entreveros e discussões entre magistrados, promotores e advogados, pelo estresse da profissão e do dia a dia. Entre esses profissionais, os magistrados são os que devem ter mais placidez, cautela, equilíbrio e prudência. Eles precisam estar mais preparados para suportar, normalmente, as pressões que as partes trazem no momento das discussões sobre os direitos que buscam na Justiça”.
Na ocasião, o desembargador Darival Beserra aconselhou aos advogados que estavam presentes, representando a OAB, que a partir do momento em que o juiz discrepar da função normal, eles devem usar os recursos legais, sem precisar agredir o magistrado. “Entrem com representação na Corregedoria, que os fatos serão sempre apurados da melhor forma possível. O que não compensa é atacar o magistrado, o Poder Judiciário e criar um clima institucional ruim, pois todos perdemos. Não é com corporativismo que se melhora a Justiça, mas sim com a união de todos os seus agentes”, disse.
O advogado José Navarro afirmou que “o diálogo entre advogados, magistrados e Ministério Público é fundamental para que possa haver convivência harmônica entre as instituições”.
Em relação à advocacia, ele acrescentou que a OAB, assim como o Judiciário, também está atenta à questão da ética profissional. “Hoje temos um presidente do Tribunal de Ética, Damasceno Sampaio, que é rigoroso e compromissado. Atualmente, existem mais de 400 advogados suspensos das atividades profissionais.”
Também presentes o diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, juiz José Ricardo Vidal Patrocínio; os juízes auxiliares da Corregedoria, Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, Roberto Soares Bulcão Coutinho e Flávio Vinícius Bastos Sousa; e os advogados Robson Sabino de Sousa e Paulo Oliveira.
Fonte: TJ-CE